segunda-feira, 7 de abril de 2014

ESTUDO - DISCIPULADO UM A UM.

Discipulado UM A UM

Caso houve apenas um cristão no mundo e esse se determinasse a ganhar a cada ano uma pessoa, capacitando-a e treinando para que também fizesse o mesmo.

Vejamos no quadro abaixo que haveria um crescimento geométrico da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Em apenas 33 anos toda a população do mundo, atualmente estimada em cerca de seis bilhões de pessoas, seria alcançada para o Reino de Jesus.

Anos

Número de discípulos

01
02
02
04
03
08
04
16
05
32
06
64
07
128
08
256
09
512
10
1.024
11
2.048
12
4.096
13
8.192
14
16.384
15
32.768
16
65.536
17
131.072
18
262.144
19
524.288
20
1.048.576
21
2.097.152
22
4.194.304
23
8.388.608
24
16.777.216
25
33.554.432
26
67.108.864
27
164.217.728
28
268.435.456
29
536.870.912
30
1.073.741.824
31
2.147.483.648
32
4.294.967.296
33
8.589.934.592


E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros". II Timóteo 2.2

Vamos tratar neste estudo da formação de lideranças dentro do conceito:- Cada membro é um ministro, cada crente é um discípulo ganhador de almas. O discípulo cristão é um líder gerado com o ideal de ser igual a Cristo.

JESUS E SEUS DISCÍPULOS

O grupo gerado por Jesus Cristo compunha-se basicamente de 12 discípulos que se tornaram os apóstolos. Jesus passou-lhes, no dia a dia, as qualidades do seu caráter, transmitiu-lhes a mesma unção do Espírito Santo que estava sobre Ele.

O líder deve ter o caráter do Mestre nos relacionamentos, no servir, no poder sobre o pecado, enfim no amar. Deve ser um imitador de Cristo. Deste modo, os demais líderes gerados herdarão esse mesmo caráter.

Imitadores de Cristo:- 

O mesmo Espírito que capacitou a Jesus Cristo (homem) em seu ministério terreno, também nos capacita em nossa jornada na terra, João 16. 12 a 15. As mesmas obras operadas por Jesus, e obras maiores ainda poderemos fazer através do poder do Espírito Santo (João 14.12). As obras não são somente os milagres em si, são acima de tudo obras de amor.

A grande característica do discípulo é a de ser imitador do Mestre. O líder, por isso, deve ser um imitador de Cristo. Ele nos amou até o fim, assim também a grande qualidade do líder deve ser a de amar.

Jesus amou a todos, principalmente ao grupo que andou com Ele, e em especial aos doze, inclusive a Judas que o traiu, mas não se arrependeu, inclusive a Pedro, que o negou, e aos outros que o abandonaram na cruz. O Mestre reabilitou a todos e só se perdeu o filho da perdição (João 16. 32, João 17. 9 a 18...).

Finalmente Jesus derramou no dia de Pentecostes uma grande unção de poder sobre os 120 que obedeceram ao mandado de ficar em Jerusalém, experiência essa repetida várias vezes, centenas, milhares de vezes, através da história da Igreja. Experiência essa que também é para os nossos dias. O enchimento do Espírito Santo tem feito a diferença nas vidas dos salvos e na Igreja de Cristo.

Assim como Jesus amou e capacitou os apóstolos, também o líder deve amar e capacitar seus liderados. "Uma das qualidades essenciais do pastor é formar outros pastores iguais a ele, iguais a Jesus”.

Modo de agir de Paulo

- O apóstolo Paulo pede em pelo menos 4 vezes que os leitores o imitassem. Em I Coríntios 4.14 a 16 fala que "os havia gerado e que fossem seus imitadores". Em I Coríntios 11.1-2, pede que o imitassem como ele imitava a Cristo, e os louvava porque retinham as tradições (ensinamentos) exatamente como ele as havia transmitido. Outras passagens:- Filipenses 3.17, I Tessalonicenses 1.6 e 7 – Não só haviam imitado a Paulo como também eram modelo para os crentes de outras cidades e países, fato que é mencionado no capítulo 2.14; além de imitar a Paulo, as igrejas imitavam as igrejas da Judéia (é a volta para Jerusalém). Novamente repetido em II Tessalonicenses 3. 6 a 8. Também aconselha Timóteo: a permanecer naquilo que havia aprendido – II Timóteo 3.14; observe bem a profundidade de II Timóteo 1. 13:- "Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você aprendeu de mim".

Estratégia de Paulo:- O método usado por Paulo, como o de Jesus Cristo, não era o de trabalhar com as multidões. Trabalhava com os pequenos grupos. Esse método é visto claramente no conselho a Timóteo de passar a homens fiéis (discípulos) os ensinamentos recebidos do Apóstolo, a fim de ensinarem a outros – II Timóteo 2.2 Observe a cadeia a ser formada:- Paulo havia passado os ensinamentos a muitas pessoas, uma delas era Timóteo, este passaria a um grupo os ensinamentos recebidos de Paulo, cada pessoa do grupo seria capacitada a passar os ensinamentos a pessoas de um outro grupo, e assim por diante. Por ensinamentos estão incluídos também a unção do batismo no Espírito, de recebimento de dons espirituais, de ministérios, de consagrações, etc.

Também o autor da carta aos Hebreus no capítulo 13.7 ensina aos leitores a imitarem a fé de seus líderes.

Etapas a serem cumpridas:-

  1. Escolha.
Jesus quando escolheu os doze não olhou suas capacitações humanas e sim aquilo que poderiam realizar capacitados pelo Espírito Santo. Aos nossos olhos humanos aqueles doze não passariam no primeiro teste. Por isso a escolha foi precedida de muita oração, sendo a qualificação espiritual, o invisível que pesou na escolha. Paulo aconselha a Timóteo a transmitir os ensinamentos a homens fiéis,, o que pesaria seria a fidelidade espiritual e a material.

  1. Ensinamentos.
No evangelho segundo Mateus, a partir do capítulo 5, nós vemos Jesus ensinando as multidões. No entanto, seus ensinamentos eram mais específicos, mais dirigidos ao grupo pequeno. Podemos ver nas bem-aventuranças que as promessas das bem-aventuranças eram destinadas aos fiéis. Sobre a Lei vemos no capítulo 5 a partir do verso 17 que a lei moral devia ser cumprida "até que o céu e a terra passem". Os valores morais não foram rebaixados e sim exaltados a um nível mais alto para os discípulos. "Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não exceder em muito a dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus" (Mateus 5.20).

Assim devemos hoje passar aos liderados não apenas a certeza da salvação e a busca do batismo no Espírito Santo. Devemos também capacitá-los, treiná-los, transmitir-lhes a unção do Alto que repousa sobre as nossas vidas. Promover uma libertação completa das amarras do inimigo, das raízes de amargura. O Senhor quer para os nossos dias uma Igreja restaurada para o último avivamento que estamos tendo na face da terra.

Dessa forma poderemos sonhar e ver o nosso sonho se tornar realidade na conquista de nossas cidades para o senhorio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Em Cristo,

Ivo Gomes do Prado.


PS – Todas as pessoas salvas têm o Espírito Santo em suas vidas, mas há  a necessidade de sermos cheios do Espírito para que Ele nos tenha, nos possua plenamente. Uma coisa é termos o Espírito, outra é o Espírito Santo nos ter completamente.

sábado, 5 de abril de 2014

APOSTILA DE IGREJA EM CÉLULAS - VIVENDO A COMUNHÃO DO PRIMEIRO AMOR


APOSTILA DE IGREJA EM CÉLULAS



Vivendo a Comunhão do Primeiro Amor



E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.” - Atos 5.42




Primeira Edição – 07/1997
Segunda edição – 03/2000- Revisão 2014
Autor:- Ivo Gomes do Prado – Pastor de Área

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A IGREJA EM ÉFESO E O PRIMEIRO AMOR

Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.” Ap 2: 4,5.

À Igreja da atualidade o Senhor fala as mesmas palavras proferidas à Igreja de Éfeso, exortando-a à volta do primeiro amor. Aquele mesmo fervor religioso que a levou em seus dois primeiros anos de vida a levar a mensagem libertadora do Senhorio de Cristo não apenas a Éfeso, mas também a toda a província da Ásia (Ásia menor). O Senhor quer que a Igreja use as mesmas estratégias usadas pela Igreja em seus princípios. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas”.

O apóstolo Paulo tinha muitas preocupações com o trabalho iniciado a partir de Éfeso, tanto que em seus últimos dias de vida escreve a Timóteo, o seu amado filho na fé, que se encontrava nessa cidade, exortando-o em muitas coisas, entre as quais:- "torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição de minhas mãos". Reacenda o fogo Timóteo, reacenda o fogo povo de Deus, não deixemos a tocha se apagar.

Havemos de enfrentar muitas oposições nestes tempos finais. Muito em breve podemos ser proibidos de nos reunir em templos, serão tempos que teremos se reunir em casas e, muitas vezes, às escondidas. As Igrejas que não se prepararem com um programa de pequenos grupos estarão fadadas a desaparecerem, perdendo a sua membresia para aquelas que se prepararam. Serão tempos de aflição, mas também serão tempos da “volta ao primeiro amor”, da maior das colheitas de almas que o mundo já assistiu.

Serão tempos de preparação da noiva para a volta do Noivo, serão tempos de Filadélfia.


I. INTRODUÇÃO

As duas asas

Tal qual uma ave, também a Igreja necessita de duas asas para voar. A primeira é a asa dos pequenos grupos caseiros, dos grupos familiares, chamada de asa comunitária. Essa asa trabalha no varejo alcançando as pessoas lá onde elas convivem umas com as outras.

A outra asa, igualmente importante, é chamada de asa da celebração, da reunião dos pequenos grupos no grande grupo da celebração semanal. Ela trabalha no atacado, nas grandes colheitas. Os recém-nascidos são abrigados e amamentados no calor dos berços dos grupos caseiros. Ali aprendem a falar e a caminhar, recebem os cuidados ternos até se tornarem jovens aptos a serem também novos pais para cuidarem com carinho dos nossos netinhos.

As duas asas para alçarem grandes voos necessitam de uma perfeita harmonia. Durante cerca de 1.700 anos a Igreja tentou alçar voos com uma só asa, mas ficou girando em círculos. Mas pela graça de Deus, hoje podemos novamente alcançar as alturas, as regiões celestiais propostas por Ele, pois as portas do inferno não nos resistem, de lá libertamos os cativos e oprimidos para serem remidos pelo sangue do Cordeiro, Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

Trabalhos de impacto

Todo servo de Deus, realmente chamado e comissionado para trabalhar na sua seara,tem o desejo ardente de ver o crescimento do Reino através de vidas ganhas, arrebatadas das mãos de Satanás. Para isso muitos trabalhos de impacto têm sido realizados, grandes séries de conferências com "pregadores famosos", distribuição farta de literaturas, campanhas e mais campanhas visando ganhar um grande número de almas em duas ou três noites. A avaliação dos resultados feita no calor dos acontecimentos tem gerado resultados aparentemente expressivos. Grande número de pessoas atende os "apelos" do pregador. Após algum tempo, verifica-se que a primeira avaliação não correspondia à realidade final. O número daqueles que permaneceram fiéis, mantendo um compromisso sério com Cristo, é pequeno. Temos observado serem quase sempre as mesmas pessoas que vão à frente na hora dos apelos nas diversas Igrejas de uma mesma cidade. Já se estimou a percentagem em menos de 5% dos frutos reais desses trabalhos de massa, às vezes um pouco melhorada com trabalhos de discipulado nos lares.

Trabalhos em massa e grandes campanhas têm o seu valor, como teve no dia de Pentecostes quando cerca de 3.000 almas foram alcançadas, permanecendo fiéis com números próximos a 100%. Havia algo muito especial que a grande maioria das Igrejas hoje não coloca em prática, algo esse verificado no ministério de Jesus.

O impressionante crescimento inicial da Igreja.

Em tudo o Senhor Jesus foi exemplo para nós nos 3,5 anos de seu ministério terreno. Ele mesmo liderou um pequeno grupo com 12 homens do povo, ensinando-os e passando com eles a maior parte do tempo de seu ministério terreno. Havia comunhão naquele pequeno grupo, os problemas que surgiam eram expostos e resolvidos, havia transparência entre eles. Os doze não aprendiam na base da teoria, experimentavam na prática as lições do dia a dia. Esse pequeno grupo foi o primeira pequeno grupo (protótipo). Além dos doze, muitas outras pessoas foram alcançadas chegando esse número a cerca de quinhentos irmãos (I Cor. 15.6).

Os judeus já estavam preparados, pois tinham ouvido os ensinamentos, visto os sinais e maravilhas operadas pelo Mestre, estavam pré evangelizados. Deste modo vemos os 3.000 do Pentecostes como uma grande colheita operada por homens cheios do mesmo Espírito que habitou em Jesus.

O prosseguimento dessa obra resulta em uma Igreja constituída essencialmente de pequenos grupos. Reuniam-se nas casas e no templo dos judeus (Atos 2.46 e 5.42). Em tempos de perseguição dos líderes judaicos a princípio e do império romano depois, foi praticamente impossível aos cristãos se reunirem em massa, em grandes ajuntamentos. Cremos que em certas ocasiões isso acontecia como quando das visitas de Paulo, dos outros apóstolos e outros líderes. No cotidiano se reuniam apenas em lares, quase sempre às escondidas, sendo perseguidos, servindo de espetáculo nos circos romanos, vivendo nas catacumbas, florestas e lugares ocultos. Mas a Igreja crescia em números impressionantes, tanto que o próprio império romano aparentemente foi obrigado a se curvar ao cristianismo. Aí satanás mudou sua estratégia contra a obra redentora de Jesus.

O império romano curva-se ao Cristianismo, ou foi o inverso?

Só nos tempos de Constantino, imperador de Roma, no século III DC é que os templos vão ser construídos em todo o Império Romano. Pouco a pouco as festas, costumes e deuses pagãos foram "cristianizados" tornando-se o "cristianismo" religião oficial do império. A partir daí novas práticas de culto foram introduzidas e a igreja "romanizada", foi perdendo a cada dia as suas características neotestamentárias. São criados o clero e as liturgias, já não era a mesma Igreja de Jerusalém. Surge aí a "Igreja Romana".

Nos dias em que a Igreja chamada "cristã" perde sua verdadeira identidade, prostituindo-se com os ídolos e práticas greco-romanas (Idade Média), os pequenos grupos ainda são encontrados através da história (montanistas, valdenses, menonitas, lolardos, anabatistas, e outros), permanecendo fiéis, embora marginalizados, e agora perseguidos não apenas pelo Império, mas também pela religião oficial e seu clero. Reuniam-se em montanhas, florestas e cavernas onde muitos viviam perseguidos, massacrados e aniquilados. "Homens dos quais o mundo não era digno". Não se curvaram a homens, preferindo antes obedecer a Deus.

A reforma começa com pequenos grupos

A reforma religiosa iniciada por Martinho Lutero e prosseguida por outros reformadores começa com pequenos grupos nos lares. O próprio Lutero disse:- “Para você crescer na fé, você deve participar de um grupo pequeno”. Os pietistas, um grupo luterano, reúnem-se até hoje em pequenos grupos. Wesley também inicia o metodismo em reuniões caseiras.

As Igrejas reformadas, entretanto logo se agruparam em templos onde praticamente todas as reuniões passaram a se realizar. Não conseguiram se livrar de algumas tradições da Igreja Romana.

Os pequenos grupos sobrevivem ao comunismo.

Ainda na antiga União Soviética (Rússia, Polônia, Hungria, Letônia, etc.) e até hoje na China, com a proibição de reuniões religiosas pelo regime comunista, os crentes se reuniam nos porões das casas em pequenos grupos (Igrejas Caseiras ou “a Igreja Subterrânea”). Hoje a China, mesmo sob o comunismo, é o país de maior crescimento numérico do evangelho apenas e tão somente através das Igrejas Caseiras. Estima-se o número de evangélicos em quase 200 milhões, número parecido com a população de nosso país.

Atualmente podemos voltar a crescer rapidamente.

No presente século, principalmente após os anos 50, muitos líderes preocupados com o crescimento real do reino de Deus, passaram a estudar, sob a orientação do Espírito Santo, com mais carinho a Igreja em seu início neotestamentário para conhecerem o segredo de seu rápido crescimento. Jerusalém alguns anos antes de sua destruição pelo império romano no ano 70 contava com cerca de 50% de sua população convertida (quando da destruição os cristãos já haviam saído de Jerusalém), e em toda a Judeia havia então cerca de 100.000 cristãos.

Antes do final do primeiro século praticamente todo o mundo conhecido já tinha ouvido o evangelho. Convém lembrar que os meios de comunicação e locomoção eram muito precários quando comparados com os nossos atuais. Também não existiam seminários teológicos, aprendia-se na prática do dia a dia, o barulho era extremamente controlado. Nem mesmo contavam com o Novo Testamento (os evangelhos e as cartas foram endereçados às Igrejas-Caseiras ou a seus líderes). Hoje nós temos tudo isso e é claro que devemos usá-los enquanto podemos. No entanto, a Igreja-Iniciante reunindo-se em lares gozava da comunhão do primeiro amor, do poder do Espírito Santo e da compaixão pelas almas perdidas, e isto fazia e faz até hoje a diferença.

O tempo dos "grandes servos" de Deus, das "estrelas", dos "chefões" e "gurus", já era.

Temos presenciado os movimentos liderados por "grandes evangelistas" fracassarem não se achando os seus frutos reais. O verdadeiro evangelista é aquele que vai de casa em casa, de pessoa em pessoa, individualmente, levando o evangelho de Jesus Cristo com a mensagem de salvação e libertação.

Jesus continua a dizer: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara" (NVI - Mateus 9.37 e 38). Além de rogarmos, nós devemos dar oportunidades reais para que os ceifeiros trabalhando colham frutos em abundância na seara do Mestre.

É tempo de servos do grande DEUS, SENHOR de nossas vidas, a quem toda honra, glória e louvor para todo sempre, Amém!

II. TRABALHANDO COM NÚMEROS


O jornal Folha de São Paulo publicou em 02/03/98, em reportagem sobre os planos de atuação dos evangélicos na “Copa da França”, os números dos evangélicos naquele país:- Atualmente conta com cerca de 950 mil evangélicos, número esse próximo ao apresentado no ano de 1670 de 882.000 evangélicos. A revista Vinde de junho/98 mostra cenas que nos fazem chorar:- a da venda de antigos templos evangélicos na Inglaterra para outras religiões, por falta absoluta de frequentadores. Isso mostra uma apatia muito grande e a necessidade de um avivamento com mudança de métodos e a volta à comunhão do primeiro amor.

Monte um quadro com o crescimento de sua Igreja local nos cinco últimos anos:-


ANO
NOVOS (SÓ BATISMOS)
EXCLUÍDOS
TOTAL FINAL DO ANO
2009



2010



2011



2012



2013




Do total final apresentado no último ano deduza todos os membros que não têm comunhão efetiva com a Igreja e não são compromissados com Cristo. Após essa atualização calcule o crescimento percentual nos últimos 05 anos. Agora se pergunte:- Esse crescimento tem agradado a Deus? Está dentro dos padrões neotestamentários?

Muitas Igrejas, incapazes de gerar novas ovelhas, têm seu crescimento baseado em “pescar no aquário” de outras Igrejas. Isso na verdade não representa crescimento do Reino de Deus e sim inchaço. Outras têm sua ênfase apenas na “qualidade”, esquecendo-se que biblicamente qualidade sempre se reverte em quantidade. A quantidade bem trabalhada, instruída na Palavra e treinada , logo se torna qualidade que dá frutos em abundância. Na realidade, o que gera frutos é a santidade, conforme diz o verso abaixo:

Atos 2.47 B - “E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.”

III. AS IGREJAS EM PEQUENOS GRUPOS NA ÉPOCA ATUAL


Relacionamos algumas Igrejas em pequenos grupos que são do nosso conhecimento. Os números de membros/discípulos das mesmas certamente já se encontram desatualizados face ao grande crescimento.

Seul - Coréia do Sul

A maior divulgação de Igreja em grupos pequeno no presente século nos vem de Seul, capital da Coréia do Sul, onde o Pastor David (Paul) Young Cho implantou no ano de 1964 o sistema de reuniões nos lares denominando-os de Grupos Familiares. Seu rol de membros era composto de cerca de 2.400 membros. Seu crescimento foi impressionante, conforme os dados que compilamos abaixo:-

- Em 1964 contavam com 2.400 membros
- Em 1972 passaram para 18.000 membros
- Em 1980 já eram 150.000 membros
- Em 1982 atingiram - 300.000 membros
- Em 1993 chegaram a 700.000 membros com 51.000 líderes
- Atualmente já passam de 1.000.000 membros

Essa Igreja e seu pastor trabalham com alvos, sempre arrojados colocados em oração diante do Senhor que os tem honrado em sua fé e trabalho. O Pastor Cho escreve em seu livro Oração Eficaz, pág 54:- "Não temos grandes festas nem grandes concentrações evangelísticas para ganhar almas, mas de modo muito silencioso, almas estão sendo salvas todos os dias. A mesma obra pode ser realizada em qualquer lugar do mundo inteiro".

Em entrevista concedida à revista Videira do mês de fevereiro/2000, respondendo a pergunta: "Quais são os objetivos da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido? Há intenção de conquistar todos os países asiáticos?" o Pastor Cho modelo de grupos familiares. Nós iremos fazer o melhor para compartilhar as bênçãos de Deus na Ásia e pelo mundo afora". A Igreja do Evangelho Pleno faz parte das Assembleias de Deus.

Nesse país muitas Igrejas de diversas denominações também têm adotado o movimento de Igreja em pequenos grupos, o que tem elevado o número de evangélicos na capital Seul a quase 50% dos habitantes e na Coreia a mais de 40%. Hoje, as duas maiores Igrejas Presbiterianas do mundo, juntamente com a maior Congregação Metodista do mundo, são Igrejas em pequenos grupos na cidade de Seul, além de outra da Assembleia de Deus e uma Batista, todas com mais de 80.000 membros.

Sobre o trabalho presbiteriano na Coreia do Sul leia o artigo do seguinte site:
http://ywuwuh.blogspot.com.br/2014/03/o-crescimento-da-igreja-presbiteriana.html

Ralph W. Neighbour Jr.

O pastor Ralph certamente é um apóstolo de Cristo em nossos dias. Totalmente desiludido com a estrutura da Igreja tradicional onde as Igrejas viviam estagnadas e pouco atingiam o mundo descrente, recebeu o chamado do Senhor para uma obra especial e não hesitou em cumpri-lo, embora houvesse um preço a ser pago. Ele se lançou na experiência pioneira de começar um tipo de Igreja diferente em Houston, Texas. Não sabia que os mesmos métodos e estruturas estavam sendo elaborados e usados em outras Igrejas ao redor do mundo, ainda não sabia que a maior Igreja da história cristã estava se iniciando nos arredores de Seul, Coreia do Sul. Embora tenha passado alguns anos tentando reformar as velhas estruturas, baseadas mais no estilo do Velho Testamento do que do Novo, chegou à conclusão de ser isso impossível. Jesus já dissera que "não se põe vinho novo em odres velhos".

A Igreja estagnada precisa primeiro trocar os odres velhos por novos. As estruturas baseadas em homens e programas precisavam ser trocadas pela estrutura dos odres novos deixada por Jesus. Dr. Ralph tem liderado o movimento de Igrejas em s ao redor do mundo, tendo elaborado juntamente com diversos obreiros e Igrejas as bases atuais das Igrejas em pequenos grupos. Tem divulgado essa mensagem em conferências pelo mundo todo e também através de várias literaturas.

Além de liderar o movimento de Igrejas em pequenos grupos nos Estados Unidos e em diversos países, tem-no implantado em várias nações não alcançadas. Com tantas atividades, ainda realiza evangelismo pessoal, não só em sua cidade, mas também onde realiza as conferências no mundo todo. O Dr. Ralph é pastor batista.

Costa do Marfim

Também no continente africano, na Costa do Marfim a Primeira Igreja Batista a capital (Igreja local) liderada pelo pastor Dion Robert que através de Igreja em s conta com mais de 150.000 membros, influenciando e abençoando aquela nação.

Cingapura

No ano de 1997 pudemos assistir na cidade de Londrina (PR) o pastor Lawrence Khong falando sobre o crescimento explosivo da Igreja Batista Comunidade da Fé em Cingapura. Caminham na bênção do Senhor para o alvo de um grupo familiar em cada quarteirão da cidade/nação. Cingapura é composta de muitos condomínios verticais.Cingapura é uma ilha de apenas 641 km2. Situada ao sul da Malásia no mar da China com uma população de 3,4 milhões de habitantes na sua maioria de origem chinesa, o idioma predominante é o inglês e o PIB um dos mais altos do mundo.

Essa Igreja tem implantado vários grupos familiares em países como a Rússia, Hong Kong, Taiwan, Cazaquistão, China, Indonésia, Filipinas e outras regiões dentro da "janela 10/40". O próprio pastor Khong nos disse que estaria deixando em breve a direção da Igreja local para dedicar-se à tarefa de implantar Igrejas em grupos familiares em países não alcançados.

China Ainda na China, país até hoje comunista, onde o evangelho além de proibido é perseguido, conta com um número muito grande de Igrejas em s que subsistem na marginalidade. Os números estatísticos são impossíveis de serem obtidos, no entanto, as informações dão conta de um crescimento impressionante, o maior crescimento numérico da Igreja em toda a sua história. O Pr. Bem Wong, de Hong Kon, na China, em entrevista à Revista Videira de agosto de 2000, disse que na China Continental (Comunista) cerca de 10% da população, ou 150 milhões de pessoas eram evangélicas. Essa percentagem há muito foi ultrapassada de acordo com as últimas informações.

Os cristãos chineses não contam com Igrejas constituídas, com seminários ou
ministérios regulares como nós conhecemos. Pouquíssimas pessoas têm um exemplar da Bíblia, cuja impressão e venda são proibidas. Muitos têm algumas páginas ou cópias à mão de partes do texto bíblico. Mesmo assim são fiéis, obedecendo ao mandado de Deus, tendo o poder do Espírito Santo no dia a dia de suas vidas. Contam com as Igrejas em grupos familiares que sobrevivem até as mais terríveis perseguições.

Bogotá

A cidade de Bogotá na Colômbia foi abalada por uma Igreja em células (Igreja local), dirigida pelo Pr. César Castellanos Domingues que tem cerca de 25 mil células onde se reúnem mais de 250 mil pessoas alcançadas pelo amor do Senhor Jesus Cristo. Essa Igreja era composta há alguns anos por 300 membros. O pastor Castellanos trabalha no Modelo dos 12. Deixamos de dar mais informações sobre esse ministério em virtude das muitas dissenções e divisões havidas, de modo semelhante a que esse modelo experimentou no Brasil. No Brasil o M-12 dividiu-se em vários segmentos devido às divisões de suas lideranças que resultou no fracassado G-12 instituído pelo Pr. Renê TerraNova do MIR em Manaus. Terranova se auto proclamou como apóstolo, pai-apóstolo e patriarca.

Também diversos outros líderes seus foram ordenados apóstolos e apóstolas. O que se apresentava como sendo muito bom a princípio, devido à ganância de muitas lideranças acabou sendo prejudicando o trabalho de pequenos grupos tanto em nosso país, como em toda a América Latina. Eu acompanhei de muito de perto esse movimento. Fico triste com a grande decepção que experimentei com esses líderes relacionados. Atualmente é que vejo novamente muitas Igrejas locais voltando os seus olhos para o trabalho das igrejas nos lares.

El Salvador

A Missão Elim iniciou em 1977, quando o pastor Sérgio Solorzano foi chamado da Guatemala para iniciar um trabalho em San Salvador junto com outros nove irmãos e irmãs. Em sete anos, a igreja cresceu para três mil membros, usando a estrutura tradicional da igreja. Em 1985, Solorzano visitou o congresso de crescimento da igreja em Seul. Na volta, ele mudou todo o trabalho da sua igreja para a estrutura baseada em pequenos grupos. Em 2002 havia mais de 120 mil membros na igreja central, além de igrejas-filhas em vários países. Essa igreja tem dois encontros dos grupos familiares semanais, um para edificação e outro para evangelismo.

Outros países

Da África do Sul recebemos notícias através de obreiros e obreiras que
nossa cidade na década de 90 em palestras organizadas pela MISPA. Relataram o grande crescimento das muitas Igrejas desse país que adotaram grupos familiares.

Poderíamos ainda enumerar outros países como a Etiópia, Japão, Comunidade dos Estados Independentes (parte da antiga União Soviética, inclusive a Rússia), Austrália e o próprio Estados Unidos, em que as Igrejas em pequenos grupos têm alcançado silenciosamente um número muito de grande de pessoas para o Reino de Jesus.

Os que têm acesso à Internet podem acessar um grande número de sites de ministérios existentes pelo mundo. Veja abaixo o capítulo de Igreja em células na Internet.

Brasil

No Brasil, um dos grandes entusiastas desse trabalho é o Pastor Robert M. Lay, da Igreja Irmãos Menonitas de Curitiba (PR). Além de ser um estudioso do assunto, tem visitado várias Igrejas no mundo, aprendendo e passando para nós em seminários e palestras o que tem aprendido. A Igreja pastoreada por ele está tendo um crescimento muito grande após a implantação de Igreja em células. http://www.celulas.com.br/

Em nossa nação já é grande o número de Igrejas que abraçaram a visão de Igrejas em em pequenos grupos. Entre elas destacamos:

Igreja da Paz (dados do ano 2002), na cidade de Santarém (PA), na margem sul do Rio Amazonas. Tem como líder o pastor Abrahão (Abe) Hubber, obreiro muito dinâmico que tem levado à sua região um grande e poderoso avivamento. O seu ministério conta atualmente com 21 igrejas na cidade de Santarém e 150 igrejas na região, todas geradas por seu ministério de poucos anos, além de um grande número de igrejas nas regiões Norte e Nordeste, todas em grupos familiares e no modelo MDA (Método de Discipulado Apostólico). O forte desse ministério é o discipulado pessoal. Além das s familiares, há as micro células de discipulado e treinamento. Conta ainda com um grande trabalho social na região amazônica, principalmente nas regiões ribeirinhas onde possui mais de 70 barcos. Tem o alvo de alcançarem só na cidade de Santarém neste ano (2000) duas mil células familiares que multiplicadas pela média mínima de dez pessoas, totalizará o número de 20.000 membros. Têm ainda o alvo de em curto prazo totalizarem o número de 100.000 membros, ou seja 50% da população de Santarém.

Atualmente o Pr. Abe está com seu ministério na cidade do Recife onde seu trabalho tem se desenvolvido com graça abundante. Mais informações em
http://www.igrejadapaz.com.br/fortaleza/

Também da Igreja Batista da Lagoinha, berço do movimento de renovação espiritual no Brasil, tem adotado grupos familiares. http://www.lagoinha.com/

Temos também notícias de várias outras Igrejas e Comunidades, inclusive muitas Igrejas Batistas:
Primeira de Campo Grande (MS) http://www.primeirabatista.org.br/
Palavra Viva no Alto da Lapa SP – Pr. Lamartine, da Água Branca http://www.ibpv.org.br/visao_celular/estudos/principal.php
Batista da Água Branca em São Paulo - Pr. Ed René - http://ibab.com.br/
Primeira Igreja Batista do Brasil em Salvador, Presbiterianas e Metodistas, que têm adotado a visão, além de se renovarem para a obra do Senhor

SEPAL

A visão dos pequenos grupos tem sido muito divulgada nos seminários promovidos pela SEPAL (Serviço de Evangelização Para a América Latina), despertando e motivando pastores e líderes para a grande obra do Senhor de arrebatar das mãos do “inimigo” as vidas que hão de se salvar. http://sepal.org.br/

Destacamos nesse trabalho o Pr. David Kornfield que tem elaborado o Modelo de Igreja de células. O Pr. David Kornfield falará aos pastores e líderes da IPRB no dia 14 de dezembro deste ano (2011) na palestra “Pastoreio de Pastores”. Vide a convocação no site ttp://www.iprb.org.br/noticiastextos/
not_eventos/2011/Diret_Admin_convocacao.htm#PASTOREIO_DE_PASTORES

Igrejas Tradicionais MBP e Igrejas em grupos familiares.


As Igrejas no Modelo Baseado apenas em Programas (MBP) têm conseguido crescer até um patamar pequeno. Os números dão conta que 67% das Igrejas tradicionais MBP param de crescer ao atingirem de 50 a 150 membros. 28% estacionam em 350 membros. Apenas 5% conseguem chegar a 1.000 ou 2.000 membros quando seus pastores são super administradores contando com grande equipe ministerial. Qual a causa dessa limitação? Com as atividades centralizadas nos templos (edifícios) e em especialistas (dirigentes de programas), as pessoas não são alcançadas lá onde se encontram, necessitadas e sedentas do amor de Cristo. Apenas três Igrejas MBP no mundo atingiram 20.000 membros conforme dados do ano 2003, enquanto que mais de 20 Igrejas em grupos familiares no mundo atingem mais de 40.000 membros, como algumas já comentadas por nós. Muitas outras, mais do que se imagina, estão caminhando rapidamente para aumentar em muito essa marca, para o crescimento do Reino de nosso Senhor.

Você pode perguntar:- Por que essa preocupação toda com o crescimento da Igreja? E a resposta nos vem dos dados do crescimento da população mundial: Desde a criação do homem até o ano 1.800 DC (cerca de 5.800 anos) o mundo atingiu 1 bilhão de pessoas, mais cem anos (1900) atingiu 2 bilhões, atualmente já passamos dos 6,5 bilhões. Soma-se o fato que mais da metade da população do mundo nunca ouviu o nome: Jesus Cristo. Será que vamos esperar que os anjos venham testemunhar da salvação? Nós somos os atalaias do Senhor, preparemos a sua volta. As grandes ondas de avivamento provocadas pela chegada do barco de Jesus nos têm atingido. A maré alta, a mais alta de todas se aproxima, só falta o mundo todo ouvir o evangelho do Senhor e esse trabalho as igrejas em grupos familiares estão realizando. Breve o barco de Cristo atracará no nosso Porto.

IV. BASES BÍBLICAS PARA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES.


Jetro, cheio de sabedoria, observou que seu genro Moisés passava praticamente o tempo todo julgando e resolvendo as questões do povo hebreu, o que lhe era tremendamente estafante. Não restava a Moisés tempo nem forças para outras atividades também importantes como a convivência familiar. Aconselhou-o então a dividir o povo em pequenos grupos com chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez para que resolvessem as questões básicas do povo. Moisés pode então exercer uma liderança eficaz entre o povo. Nem por isso Moisés perdeu poder, ao contrário, ele cresceu ainda mais (Êxodo 18. 1 a 27).
  • O ministério de Jesus foi o exeplo de um pequeno grupo. Liderou por cerca de 3,5 anos um grupo básico de 12 pessoas e estes, após o Pentecostes, multiplicando-se mudaram a história do mundo e a nossa sorte.
  • A Igreja Iniciante se reunia no templo judeu e nos lares - Atos 2. 46 e 47 e 5. 42 Em Atos 20.20 Paulo anunciava o evangelho de casa em casa.
  • No capítulo 16 da carta de Paulo aos romanos ele faz recomendações e saudações a vários líderes dirigentes de igrejas caseiras, conhecidos e treinados por ele na Ásia, inclusive mulheres (Priscila e Áquila, Epêneto, Maria, Andrônica e Junia, Urbano, Trifena e Trifosa, Pérside, Júlia e outros, além de Febe). Cita ainda nominalmente 05 igrejas caseiras (versos 5, 10, 11, 14 e 15).
  • Outras citações:- I Coríntios. 16.19, Gálatas 1.2, Filipenses 4.22, Colossenses 4.15, II Timóteo 4.19, Filemon 2, etc.

Não nos surpreende que as "igrejas caseiras"
tornaram-se o ponto chave no crescimento do evangelho e da fé cristã.


V. O QUE É UMA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES OU CÉLULAS?

O nome é usado em virtude de seu crescimento ser similar ao das células de um corpo humano em crescimento. Uma criança cresce pela multiplicação constante das células de seu corpo. A falta de crescimento indica que alguma coisa está errada e necessita de correção. Assim uma Igreja também deve ter crescimento pela multiplicação rápida de suas células (grupos familiares) e só parar de crescer quando estiver madura e pronta para as bodas do Cordeiro, no arrebatamento.

Os grupos familiares se constituem prioridade sobre programas e ministérios. O louvor dos cultos de celebração são conduzidos pelas lideranças dos grupos familiares. É nos grupos familiares que as pessoas são atendidas em suas necessidades físicas e espirituais. Necessitados recebem beneficência, os feridos e traumatizados a cura, laços conjugais são restaurados. Os programas de entretenimento dão lugar a campanhas de evangelismo pessoal e eventos de colheita de almas preciosas.

1. O que não são grupos familiares :-

Não são cópias de cultos:- Não é mais um culto realizado nas casas dos irmãos, onde uma ou duas pessoas dirigem tudo e as demais ouvem passivamente. Nas Igrejas de Programas apenas um pequeno grupo de no máximo 10 a 15% desempenham todas as tarefas, nada sobrando para os demais. Já quando os grupos familiares são implantados as oportunidades são muito amplas.
Não são "Koinonites", ou reuniões de clubes fechados onde os membros perdem a visão da Grande Comissão:- "Ide (ou indo) por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura", do ganhar almas para o reino de Deus, procurando apenas a "edificação e comunhão próprias". Muitas vezes procuram só se aprofundar napalavra, como fazem as "organizações de treinamento", tais quais "tatus" se aprofundam e somem na terra, como diz o Pr. Roberto Lay.
Não são "igrejinhas", competindo com os outros grupos, "roubando-lhes" os membros, e chegando o momento de se subdividir para a multiplicação do corpo de Cristo, recusam-se alegando vários motivos.
Não são mais um programa da igreja. São a vida da própria Igreja ganhando
almas lá onde elas estão.

2. O que são grupos familiares ou células :-

São os pequenos grupos se reunindo, nos lares principalmente ou em outros lugares pré-determinados, onde o líder é o que serve coordenando (facilitando) os trabalhos, que contam com a participação de todos, onde estão presentes os fatores a seguir:-

São grupos de encontro em comunhão (koinonia) onde podemos abrir os nossos corações para ajudarmos e recebermos ajuda, onde todos se conhecem e se amam. A solidão é um dos grandes males da humanidade e em nossas comunidades também encontramos pessoas solitárias. Vêm aos cultos entram, sentam-se, ouvem, às vezes cantam, outras vezes até recebem orações, levantam-se, vão embora e rapidamente estão vazios e solitários novamente. Em um grupo familiares saudável isso não acontece, pois há comunhão entre as pessoas, todas se conhecem e se amam como são. Podemos abrir nossos corações, contar nossas frustrações e anseios para recebermos ajuda ministrando-nos mutuamente, quebrando as fortalezas do "inimigo". Não somos mais anônimos, cumprindo-se o "Amai-vos uns aos outros".

• São grupos de exaltação:- nós fomos criados para exaltar e adorar a Deus, e
sabemos que "Deus habita no meio dos louvores", e a adoração é levada a todas as partes da cidade através de nossa palavra, orações e cânticos.

• São grupos de edificação que estuda a palavra de Deus através de reflexões
semanais baseadas na mensagem pastoral do culto de celebração de domingo à noite. São reproduzidas, distribuídas a cada participante e estudadas item a item sob a coordenação do líder e participação de todos. Ao contrário dos cultos dominicais, todos têm oportunidade de participar. Todos são discipulados em estudos complementares da Palavra semanalmente nos grupos familiares, no templo e em seminários intensivos.

• São grupos de evangelismo. Todos se esforçam para levar outras pessoas
necessitadas e problemáticas para ouvirem a mensagem de libertação e salvação em Jesus Cristo, nosso Senhor. Todos temos o nosso OIKÓS (família e círculo de amizades), por eles oramos preparando-nos para levar-lhes a mensagem do amor de Deus. Todos se alegram quando chega a hora de subdividir, ou melhor, multiplicar o grupo, pois entendem que o mesmo está cumprindo fielmente a sua finalidade:- a de engrandecer o REINO DE DEUS na terra, abrindo-se mais uma frente onde o Senhor há de atuar. Nessa tarefa um grupo ajuda o outro e todos se ajudam mutuamente em amor.

É o cumprimento da "Grande Comissão". Jesus, antes de ascender aos céus,
deixou-nos uma grande comissão:- "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura", ou como diz a versão NVI:- "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas" (Marcos 16:15). Os bandidos e marginais gostam muito quando os policiais permanecem em seus quartéis em reuniões, treinamentos, exercícios e serviços burocráticos, pois têm plena liberdade de ação.
Quando os policiais desempenham suas funções nas ruas, os "fora-da-lei" são
capturados e encarcerados. Assim também acontece com o espiritual, ficamos muitas vezes nos reunindo, treinando, exercitando, organizando grandes "correntes", campanhas e orando pedindo a Deus que os pecadores venham para dentro das Igrejas para serem salvos. A Palavra de Deus nos diz para irmos levar a pregação do evangelho lá onde as pessoas estão, sedentas e famintas, fazendo-os discípulos de Jesus. Os bandidos (demônios) tremem de medo quando a Igreja cumpre o mandado do Senhor literalmente. Todos já somos capacitados para essa tarefa, temos recebido do Espírito Santo o poder do Alto para sermos testemunhas verdadeiras do evangelho.

VI. IMPLANTAÇÃO E MODELOS DE IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES.

A implantação e funcionamento de toda uma Igreja com a participação de 100% dos membros, com a mudança dos trabalhos regulares de uma Igreja, não pode e nem deve ser feita de um dia para o outro. Há etapas que devem ser cumpridas, para se mudar a cultura e os paradigmas de um modelo de Igreja Baseada apenas em Programas (IBP) que nós temos herdado. Avalia-se em cerca de três a quatro anos o tempo de transição.

As igrejas têm demorado cerca de três anos para começar a colher com abundância os frutos da transição, tempo esse que coincide com o tempo terreno do ministério do Senhor Jesus Cristo.

A pessoa chave para a implantação é o pastor presidente da Igreja. Este deve estar à frente e ter a visão neotestamentária contida nos evangelhos, livro de Atos dos Apóstolos e epístolas paulinas, de grupos familiares, fazendo ainda a leitura dos livros e literaturas sobre o assunto, conhecendo Igrejas onde o sistema tem sido uma bênção e participando de seminários sobre o assunto

Fazemos abaixo uma breve descrição de alguns modelos que estão sendo usados entre nós. Devemos enfatizar que os modelos são estratégias para se levar a salvação aos não alcançados. Não devemos, nem podemos fazer dos modelos doutrinas e legalismos.

Cinco Por Cinco

Constitui-se a base dos grupos familiares e do trabalho em células implantado pelo Pr. Ralph W. Neighbour Jr. As nomenclaturas são alteradas de acordo com os padrões e conceitos a serem colocados em prática de acordo com o pastor presidente e o Conselho da Igreja.

1. Líderes. Cada grupo familiar conta com um líder e um auxiliar (líder em treinamento também chamado por alguns de Timóteo), devidamente treinados, que coordenam as atividades semanais. O líder tem autoridade delegada através do pastor-presidente para exercer as suas funções. É subordinado a um supervisor ao qual deverá prestar contas de suas atividades, participando das reuniões mensais. Semanalmente, preferencialmente até as terças-feiras, recebe da secretaria o malote que contém todo o material necessário para a semana, inclusive o estudo a ser ministrado baseado na palavra pastoral do domingo à noite. O malote deverá ser devolvido à secretaria até o final da semana, lacrado e contendo os envelopes com os dízimos e ofertas quando implantado esse item, relatórios preenchidos, cadastramento de membros e observações sobre falta de material e diversos.

2. Supervisores. Para cada quatro ou cinco grupos familiares há um supervisor. São escolhidos dentre os líderes e recebem autoridade para ministrarem aos líderes e auxiliares a eles designados. Devem visitar cada grupo familiar sob sua supervisão uma vez por mês, verificando, aconselhando e incentivando os líderes e participantes. Não devem visitar grupos subordinadas a outros supervisores, nem ministrarem a outros líderes. Participam mensalmente das reuniões de avaliação com o seu pastor de área e na semana seguinte com seus liderados. Prestam contas de suas atividades através de relatórios. Devem membrar-se a um grupo familiar. .

3. Pastores-de-área. Também para cada quatro ou cinco supervisores há um pastor-de-área, também designado dentre os supervisores. Estes ministram os supervisores realizando reuniões mensais de avaliação, instrução e apoio. Recebem do pastor-de-distrito, na falta deste, do pastor-presidente, os relatórios condensados e estatísticas que, depois de comentados, são levados aos supervisores. Devem participar das reuniões dos supervisores com seus líderes e visitarem semanalmente grupos familares de sua área, principalmente em suas reuniões iniciais. As visitas devem ser rápidas, indo-se a vários grupos familiar num mesmo dia. Nessas visitas o pastor-de-área leva uma mensagem de apoio e estímulo aos líderes e pessoas presentes, e uma oração abençoando-os. Devem se arrolar a um grupo familiar na condição de membro .

4. Pastores-de-distrito. A cada quatro ou cinco pastores de área ainda haverá um pastor-de-distrito que, juntos com o pastor-presidente, devem planejar e estruturar todas as atividades da Igreja em grupos familiares.

Igreja de Células

"Comparando a Igreja com células, a Igreja de células (MAPI) e a Igreja em células (IEC) Existem grandes similaridades entre o MAPI (Ministério de Apoio para Pastores e Igrejas em células ou grupos familiares - Pr. David Kornonfield) e a IEC (Igreja em células) liderado por Roberto Lay de Curitiba. Muitos deles seguem abaixo:

1. Compartilhamos uma visão da importância da igreja em miniatura, uma igreja vivenciada em grupos pequenos voltando a uma eclesiologia que reflete o livro de Atos.

2. Temos a visão que a igreja vivenciada em grupos pequenos é a espinha dorsal da igreja saudável.

3. Compartilhamos a convicção que mudança permanente de pessoas e de igrejas começa com ouvir a Deus e com a transformação de valores.

4. Temos o compromisso de ganhar o país para Cristo através de mobilizar todas as igrejas, numa visão inter- e transdenominacional.

5. Nós nos enxergamos como um movimento e não uma instituição, organização ou denominação.

6. Temos uma ênfase evangelística baseada em células ou grupos familiares tanto nos GFPs como com os GFEs (grupos familiares evangelísticos que a IEC chama de grupos de interesse). A IEC acrescenta a ideia de eventos de colheita planejados por um grupo familiar ou a igreja inteira.

7. Formamos uma rede de igrejas e pastores com a mesma visão, oferecendo um apoio para os pastores (pelo menos aconselhamento e comunhão).
8. Queremos levantar igrejas modelos que possam ser pontos referenciais para
outros pastores e igrejas.

9. Temos muitos valores centrais em comum. Por exemplo: treinamento contínuo, todo membro um ministro, interdependência (mútua prestação de contas), equipando os santos, formação bíblica e prática (transformação vs informação).

Nota:-

Os obreiros são formados e forjados dentro da estrutura de Igreja em grupos
familiares e têm a unção ou capacitação do Alto. Convém salientar que as estruturas e modelos de Igrejas com grupos familiares contam com treinamentos teóricos e práticos específicos aos líderes, supervisores e pastores. Nenhum obreiro é colocado em sua posição sem passar por esses treinamentos e sem ter apresentado os méritos das multiplicações e conquistas de vidas que foram alcançadas para o Senhorio de Jesus Cristo. Todos somos discípulos que geram novos discípulos iguais ao Mestre. Isso é viver na comunhão do primeiro amor.


VII. FUNCIONAMENTO DE UMA IGREJA EM GRUPOS FAMILIARES

O padrão que temos usado é o descrito abaixo:-


1. Cada grupo familiar conta com um líder que coordena o trabalho semanal como facilitador. O líder está sempre coordenando e facilitando a vida da grupos familiares. Não devem ser convidadas outras pessoas, por mais "ungidas/consagradas" que sejam, para dirigirem a palavra. O líder tem a unção de Deus para a direção da mesma.

2. O tempo de duração das reuniões semanais deve ser de 1 hora a uma hora e meia. As reuniões noturnas deverão se encerrar no mais tardar às 21,30 horas, em respeito às famílias que cedem seus lares, aos seus vizinhos e às pessoas presentes. Quando as reuniões são muito prolongadas os visitantes não voltam para as próximas reuniões. Alcançá-los é a nossa grande missão. Não se deve retardar o início dos trabalhos à espera de qualquer pessoa, por "mais importante" que seja. Após a reunião deve-se evitar os "comes e bebes".

3. A divisão do tempo deve obedecer ao seguinte padrão, algumas vezes alterado pelas circunstâncias e pela atuação do Espírito Santo, não devendo, no entanto, isto ser usado de pretexto para a alteração do modelo constantemente:-

Encontro (10 minutos):- Também chamado de "quebra-gelo". É o início das
reuniões quando as pessoas se encontram, cumprimentam-se e conversam, é o bem-vindo. O líder toma a palavra e lança uma pergunta para facilitar a
descontração do grupo e promover seu nivelamento emocional.

Exaltação (10 minutos):- Momento do louvor e adoração. Lê-se uma passagem bíblica de exaltação ao Senhor, alguns cânticos são entoados por todos. Inicia-se com cânticos de louvor (exaltação ao Senhor pelo que nos tem feito) e termina-se com cânticos de adoração (exaltação ao Senhor pelo que Ele é). Tem-se a oportunidade dirigir a Deus palavras de exaltação ao seu Nome. Nesses momentos o Senhor tem-se manifestado derramando o Seu poder e graça. Há um crescimento espiritual da reunião preparando as pessoas para o momento da edificação.

Edificação (35 minutos):- Momento de comentar-se a Palavra. Com base na
mensagem pastoral do culto de celebração no domingo, são feitas três perguntas das quais os participantes vão tirar lições práticas para o dia-a-dia e aprofundar seu conteúdo.

Evangelismo (10 minutos):- É a hora de colocarmos o nosso Oikós (nosso círculo de amizades e familiares) diante do Senhor. Contamos nossas experiências de evangelismo pessoal e planejamos as estratégias para alcançarmos outras pessoas através do nosso testemunho pessoal. Coloca-se uma cadeira vazia no centro tendo o alvo de vê-la ocupado na próxima reunião. Os novos alcançados são avisados dos dias e horas dos cursos de discipulado individuais. Após, em grupos de 03 pessoas oramos pelas necessidades pessoais, encerrando-se a reunião.

4. O ambiente da reunião do grupo familiar deve ser informal, isto é todos se assentando em círculo, incluindo o líder, e participando igualmente. O líder, ou outro participante, não deve monopolizar as atenções.

5. Os testemunhos são importantes, pois nos fortalecem, mas devem ser breves e sem rodeios, não excedendo a 3 minutos. Cada semana deve ser apresentado um testemunho, variando-se as pessoas.

6. As reuniões dos grupos familiares têm a unção do Espírito Santo. Muitos milagres acontecem, vidas são alcançadas e transformadas, pessoas são cheias do Espírito Santo e usadas em dons e ministérios.

7. Deve-se estimular os presentes a comparecerem aos Encontros de Celebração, na Igreja-Sede.

8. Deve-se evitar que haja programas competindo com as reuniões semanais dos grupos familiares. Nenhuma outra reunião, ensaio, comemoração ou programação são mais importantes. Os grupos familiares devem ter a essência da vida da Igreja.
9. A quantidade ideal de membros dos grupos familiares é de 06 a 12 membros. Nos grupos de multiplicação ou grupos novos, quando o grupo contar com 12 pessoas arroladas, deverá ser subdividido, ou melhor, multiplicado, facilitando a comunhão, o aprendizado e a atenção aos não membros e visitantes. O ideal seria formar novos grupos familiares com 06 pessoas cada.

10. Após o período de transição, o número total de membros da Igreja poderá ser soma de todos os membros dos grupos familiares, não sendo esta uma regra rígida.

11. Não há critério rígido para se membrar em um grupo familiar. Podem ser:-
geográfico, de grupos de interesse, de ministérios. Em vários ministérios há uma diversidade na formação dos grupos familiares, não havendo um padrão único. Os adolescentes e jovens têm seus grupos próprios. As crianças participam dos grupos familiares com seus pais, separando-se para o estudo apropriado no momento próprio que são liderados pelos pais alternadamente a cada reunião ou conforme o supervisor determinar. As crianças ainda recebem material para estudos durante cada dia da semana, ministrados por seus pais. Esses estudos também têm o objetivo de edificar os pais.

12. Nunca devemos formular regras rígidas. Devemos permitir ao Espírito Santo conduzir os grupos familiares como Lhe apraz.

VIII. LIDERANÇAS

A Igreja em grupos familiares conta com lideranças constituídas e subordinadas à direção da Igreja local. Devem possuir as qualidades mencionadas na carta de Paulo escrita a Tito 1. 5 a 9. São escolhidas sempre entre as pessoas que assumiram um compromisso com a Igreja em grupos familiares.

Líderes. Cada grupo familiar conta com um líder, devidamente treinado. Coordena as atividades semanais dos seus discípulos de Cristo sob a sua cobertura ou de multiplicação sendo um facilitador. O líder tem autoridade delegada através do pastor presidente para exercer suas funções. É subordinado a um grupo superior ao qual deverá prestar contas de suas atividades, participando das reuniões periódicas. Semanalmente recebe o malote que contém todo o material necessário para a semana. O malote deverá ser devolvido à secretaria até o final da semana, lacrado e contendo os envelopes com os dízimos e ofertas, relatórios preenchidos, cadastramento de membros e observações sobre falta de material e diversos.

IX. MINISTÉRIOS DE APOIO

Deverão ser constituídos ministérios de apoio constituído de Redes homogêneas. Ministérios propostos:- ·

Redes:- Devem ser constituídas redes homogêneas para alcançar, integrar,
discipular e enviar para as s pessoas com as mesmas afinidades. Redes que
podem ser constituídas:- Casais, homens, mulheres, jovens, adolescentes,
crianças, etc.

Ação Social. Formado pelos diáconos, coordena as doações aos necessitados. Estes são atendidos através dos grupos familiares onde também são feitas as coletas. A tesouraria também destina uma parte dos recursos em espécie.

Intercessão - Ministério dedicado à intercessão durante os cultos de celebração a favor das pessoas não alcançadas e com problemas. Visa neutralizar os ataques do "inimigo", pedindo a Deus a liberação de hostes angelicais.

XI. PREPARANDO-SE PARA CRESCER

Prepare-se para ver sua Igreja crescer espiritual e materialmente. Na igreja convencional apenas um pequeno número de pessoas tem a oportunidade real de desempenhar e realizar alguma obra. Muitos talentos, dons e ministérios têm sido desprezados e sufocados por falta de chances reais. Passa-se toda a vida cristã em treinamentos; ora em "uniões de treinamento" ora em reuniões de "estudos", "de planejamentos", mas que nunca são colocados em prática por causa das "estruturas". Nas Igrejas em grupos familiares esses talentos, dons e ministérios são desenvolvidos, pois há oportunidades para todos. Aprende-se na prática os ensinos bíblicos do dia a dia.

Ninguém precisa manter-se como um anônimo ou um número estatístico. Nos grupos pequenos a todos conhecemos e somos de todos conhecidos, sem as capas e as máscaras. Juntos podemos participar do ideal do engrandecimento do Reino de Deus, libertando vidas das garras do "inimigo" para serem colocadas debaixo do Senhorio de Jesus Cristo.

Ore muito, revista-se do amor pelas almas não alcançadas e prepare-se para um grande crescimento.

Observação Importante – Geralmente na implantação de um programa sério de crescimento da Igreja, ou melhor, do crescimento do Reino de Deus, muitos problemas fatalmente vão aparecer, ou aflorar. Não devemos pensar que foi causado pelo modelo adotado. Ao contrário, o Espírito Santo estará colocando a nossa casa em ordem e permitindo que Satanás aponte os erros ocultos da membresia da Igreja. Embora seja um processo doloroso, é um passo importante na santificação de vidas e do ministério da Igreja como um todo. Cuidado que os maiores problemas costumam surgir onde menos se espera.

Ivo Gomes do Prado – Pastor de área na IPR Vila Ribeiro nos anos 90, antes da
implantação do G-12.

BIBLIOGRAFIA

Grupos Familiares e o Crescimento da Igreja.
Muito Mais Do Que Números.
Oração Eficaz
- David Younggi Cho

Koinoniacé
- Ed René Kivitz

Estratégias para o Crescimento da Igreja
- Peter Wagner

Apostila Ministério Igrejas em células
- Robert M. Lay celulas.im@aol.com.br

Apostila Seminário para Formação de Líderes
- Wilson Canto Filho

Apostila As Células
- Igreja Holiness de Pompeia.

Manual do Auxiliar de - Manual do Líder.
O Ano da Transição.
Apostilas O Ano da Transição
- Ralph W. Neighbour Jr.

- Ministério de Igrejas em células em Curitiba (PR) fone (41)276-8655 – http://www.celulas.com.br/
- TOUCH Publications Inc.,P. O. Box 19888
Houston, Texas – USA

A Igreja do Século XX - A História Que Não Foi Contada
- John Walker & Outros
- Worship Produções - Americana (SP) -

Sonha e Ganharás o Mundo – César Castellanos Domingues


Revistas Videira – A Revista da Igreja em células – http://www.videira.org.br